O personagem principal, Daigo Kobayashi (Masahiro Motoki) perde seu emprego em uma orquestra, e com isso, se afasta do sonho de ser um grande músico. Afastado de seu sonho e com dificuldades financeiras, junto com sua esposa, Daigo volta para cidade onde nasceu e onde herdou a casa de sua mãe, e então começa a procura de um novo emprego.
Nessa procura, um anúncio fala sobre “partidas”, Daigo então o confunde com alguma empresa de turismo e sai em busca da vaga. Mas o anúncio é sobre outro tipo de partida. O trabalho, é maquiar e arrumar, defuntos, para o enterro. Apesar de resistir inicialmente, o trabalho é recompensador financeiramente, Daigo então aceita, mesmo com certa resistência.
A partir daí, aprende a realizar, respeitar e entender melhor esse ritual de passagem, guiado pelo seu chefe Kuei Sasaki (Tsutomu Yamazaki), que o apresenta a esse novo mundo.
O filme é dirigido com uma sensibilidade impar, com boas interpretações, boa fotografia e um forte tema. O filme tem trilha sonora de Joe Hisaishi, mesmo de “Castelo Animado” e “Viagem de Chihiro”. A trilha é um show a parte. Dessas que com certeza, vai entrar para historia entre as grandes trilhas sonoras do cinema.
“A Partida” é um filme de apelo universal, morte e família, que ajudou o diretor Yojiro Takita a ser reconhecido com um grande diretor. Mas que acima de tudo, nos faz abrir os olhos para um cinema crescente, que é o cinema oriental, que começa a ganhar espaço de distribuição por essas bandas.
Jair Santana
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